Politica

Após ser criticado pelo Centrão, Fávaro diz que não é crime atender Mato Grosso com verbas

Não tem pecado nenhum, não tem crime nenhum, ter atendido Mato Grosso com um programa do Ministério, disse o ministro

09/08/2023 10h56 | Atualizada em 11/08/2023 20h01

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Alvo de críticas de deputados do Centrão, inclusive do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o ministro Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária, detalhou, na segunda-feira (7), a destinação de verbas para emendas. Parlamentares têm dito que o ministério privilegiou Mato Grosso, curral eleitoral do titular da pasta. 

Fávaro explicou que havia tratado com o ministro Rui Costa (Casa Civil) sobre um programa de reforma das estradas vicinais. As obras receberiam verba do Governo Federal e teriam uma contrapartida de entidades do setor, o que ocorreu no Mato Grosso, com produtores de algodão. Depois, o programa continuaria na Bahia e demais estados.

“Não tem pecado nenhum, não tem crime nenhum, ter atendido a um programa do Ministério da Agricultura no Estado no Mato Grosso, como ia fazer na Bahia, como ia fazer em São Paulo, como faria com os estados, inclusive atendendo aos parlamentares”, disse Fávaro a jornalistas na abertura do 22º Congresso Brasileiro do Agronegócio, em São Paulo.

A verba oriunda do extinto orçamento secreto, porém, já havia sido negociada pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, com Arthur Lira. Ele prometeu que o recurso realocado das emandas do relator ao Ministério da Agricultura seria encaminhado à Câmara dos Deputados, e Fávaro teria de remanejar o orçamento da pasta para o programa de pavimentação das estradas vicinais.  

“Ficaram à disposição, então, do ministro Alexandre Padilha R$ 416 milhões, que é o compromisso dele com os parlamentares da Câmara, e eles vão usar todos os 416 milhões, não vai ficar parlamentar sem fazer a sua indicação”, afirmou Fávaro.

“Agora, é importante dizer, que não tem um real e não posso atender nenhum senador, porque está 100% destinado à Câmara dos Deputados”, completou o ministro, que também disse que outras entidades de  classe não serão atendidas, ao contrário do que ocorreu com os produtores mato-grossenses de algodão.

FONTE: Redação de Jornalismo da Eldorado FM

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