AÇÃO RÁPIDA

Índios da Aldeia Urubu branco prendem extrator de madeira e levam até a Delegacia de Confresa

As investigações de extração ilegal de madeira em terras indígenas continuarão por parte da PJC.

11/05/2019 11h42 | Atualizada em 30/11/-0001 00h00

Índios da Aldeia Urubu branco prendem extrator de madeira e levam até a Delegacia de Confresa

Reprodução

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Na manhã de sexta-feira (10), índios da Aldeia Urubu Branco, em uma ação rápida, conseguiram prender um extrator de madeira que atuava nas terras deles.

Em entrevista exclusiva ao site Olhar Alerta, Xay Tapirapé disse que há dias os caçadores ouviam o barulho que vinha dos maquinários utilizados pelos extratores, e que na manhã de hoje decidiram ir até o local para averiguar: “alguns caçadores sempre escutam a ‘joada’ das motosserras, mas nós pensávamos que era na cidade, no Canta Galo, mas não era. Depois nós resolvemos ir pra lá, porque os madeireiros já estão chegando perto da aldeia, então a ‘joada’ das motosserras e tratores já estavam chegando na aldeia. E realmente os invasores já estavam lá”.

Os indígenas conseguiram capturar um deles, porém, eles querem encontrar o líder: “nós capturamos um. A gente estava correndo mais atrás do mandante deles, a gente queria pegar ele, porque ele que não está escutando né? Nós pegamos apenas o peão dele, mas o culpado é o patrão”.

A partir de agora, os índios decidiram que irão montar uma comissão para fiscalizar todo o território que lhes pertence: “agora nós estamos preparando uma equipe para sempre fiscalizar, nós vamos sempre fiscalizar. Isso não quer dizer que nós queremos matar o invasor, nós queremos proteger a natureza. É isso que nós queremos. Porque a reserva que foi demarcada, homologada e até hoje nunca foi resolvida, continua a ser desmatada. E agora está chegando perto da aldeia, e a gente fica muito preocupado”.

Foi detido pelos indígenas Emerson Gilmar de Souza, de 27 anos, o qual encontra-se na Delegacia de Polícia Judiciária Civil para esclarecimentos.

As investigações de extração ilegal de madeira em terras indígenas continuarão por parte da PJC.

FONTE: Olhar Alerta

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